Emblemática CFV
Como símbolos honrosos do Clube, temos o Emblema, vulgarmente conhecido por Distintivo, a Bandeira e o Hino.
Tais símbolos constam nos Estatutos de 1905, bem como os de 1978, e são concernentes na descrição dos símbolos do Clube, pelo que ao longo dos anos não se verificaram alterações. A bandeira, ou sinal distintivo do Clube, é constituído por riscas horizontais, das cores branco e vermelho, sendo quatro brancas e quatro vermelhas, tendo no ângulo superior esquerdo, de forma que abranja somente quatro riscas, um pequeno quadrado de fundo verde com uma bóia e dois remos encruzados e ao centro as armas de Vila do Conde a servir de emblema, lendo no cimo desta os dizeres «Clube Fluvial Vilacondense», no entanto, os dizeres sempre foram substituídos pelas iniciais C.F.V.
A estrela de prata, em cima da bóia, apareceu mais tarde, em de 3 de Maio de 1908, quando foi deliberado fazer-se uma estrela em metal branco para a haste da bandeira.
Consta na história do CFV que a primeira bandeira terá sido adquirida, em julho de 1907, por subscrição aberta do sócio Aníbal de Barros Soutinho. A seguinte, bordada a ouro, foi adquirida em janeiro de 1908, por subscrição aberta, no Brasil, pelo Sr. José Estêvão Soares.
Em termos de simbologia, o quadrado é símbolo da terra, o verde é o do reino vegetal, assim como, o vermelho é fundamentalmente o da vida e o branco, reunião de todas as cores, é assimptótico. A bóia é o símbolo da segurança e o remo é o do impulso. Contudo, a bóia e os remos cruzados representam um símbolo heráldico da Marinha. A estrela de cinco pontas é um símbolo de fonte de luz.
O Hino criado em 1909 é, como não podia deixar de ser, uma marca do Vilacondense. Com letra de José Maria Pereira Sobrinho e partitura, em compasso quaternário, de António Gonçalves de Magalhães:
Dos Fluviais é o lema sagrado
Combater pela terra querida,
Trabalhar pelo seu progresso,
Sacrificando a própria vida.
Vila do Conde, terra adorada,
Do nosso Ave princesa gentil,
És fidalga, mui bela e formosa,
Teus encantos se contam aos mil.
Avante, pois,
Oh Fluviais!
Por esta terra,
Que tanto amais!
Do país os mais belos poetas
Em teu seio vieram sonhar
E tu foste essa musa divina
Que tão bem os soubeste inspirar.
Vila do Conde, praia formosa
Que mais bela não há no país,
Ao olhar-te, donairosa, tão linda!
O turista se julga feliz.
Avante, pois,
Oh Fluviais!
Por esta terra,
Que tanto amais!
Sobre tuas areias de prata,
À tardinha, entre brisas fogueiras…
Apanham beijinhos da praia
Tuas filhas, gentis rendilheiras.
Foste berço de tantos heróis,
E da fé um brilhante luzeiro!
A lembrá-lo, tu mostras ufana
O teu lindo, e tão belo mosteiro.
Avante, pois,
Oh Fluviais!
Por esta terra,
Que tanto amais!